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Vanda Santos Ferreira
Escrito por:

Vanda Santos Ferreira Enfermeira, Especialista em Saúde Infantil | Colaboradora do Banco do Bebé

A amamentação como o início de amor

O significado de amamentar é dar de mamar, criar ao peito, nutrir, alimentar.

Mas percebe-se hoje que a interação psicológica, social, profissional, emocional, sensorial e todos os mecanismos hormonais entre mãe/filho e as funções que a mulher desempenha na sociedade, as suas expectativas quanto à maternidade e à amamentação, podem condicionar todo este mecanismo e todo este momento único.

A amamentação é um ato de mãe para filho, que deve ser visto como uma forma única de amor, complementada e crescente de dar amor, dar vida como no nascimento. Amamentar é um ato natural, mas também a naturalidade tem algumas dificuldades/contrariedades que devem ser ultrapassadas e desmitificadas.

Ao longo destes próximos meses falaremos sobre algumas contrariedades e como podemos ultrapassá-las, mas agora continuemos a falar sobre esse ato tão único e singelo, quando este faz parte do projeto materno:

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), recomenda-se a amamentação exclusiva (sem introdução de nenhum outro alimento ou líquido) durante os primeiros 6 meses de vida:

– Devendo iniciar-se nos primeiros 30 minutos de vida do recém-nascido;

– Oferecido sempre que solicitado pelo recém-nascido, com a frequência desejada de dia e de noite;

– As chupetas e biberões, sempre que possível devem ser evitados.

Existem enúmeras vantagens quer para o bebé, quer para a mãe, não podendo referir-se nenhuma desvantagem, quando clinicamente a mãe e o bebé são saudáveis.

Os benefícios na saúde do recém-nascido

– O leite materno é o alimento adequado até pelo menos aos 2 anos de idade. Fornecendo todos os nutrientes apara o desenvolvimento infantil saudável.

– É seguro e contém anticorpos que ajudam a proteger a criança das doenças mais comuns, diarreia e pneumonia, as duas principais causas de mortalidade infantil a nível mundial.

Os benefícios na saúde da mãe

– Também a mãe tem benefícios quando amamenta. A amamentação exclusiva está associada como método natural de controlo da natalidade (98% de proteção nos primeiros 6 meses).

– Reduz o risco de cancro de mama e dos ovários, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto.

Nos últimos anos é consensual entre os pediatras e enfermeiros que a duração ideal do aleitamento materno exclusivo é de 6 meses, tendo em conta sempre o bom estado nutricional do bebé, progressão no peso e adequado desenvolvimento psicomotor. Sendo o leite materno um alimento vivo, completo e natural, não podemos esquecer que existem 3 fatores fundamentais para que a amamentação seja um sucesso:

– A decisão de amamentar

– O estabelecimento da lactação

– O suporte da amamentação

Cabe a cada mulher a decisão de o fazer, podendo as experiências anteriores ou de outros condicionar ou interferir na sua decisão assim como outras razões, profissionais, sociais ou circunstanciais apenas.

O estabelecimento da lactação tem sido uma preocupação das instituições hospitalares/maternidades devido à intervenção/instrumentalização do momento parto, separando inicialmente mãe e filho, por vezes mais de 30 minutos após o nascimento.

Foi criada assim, dentro do Comité Português para a UNICEF, uma Comissão Nacional – Iniciativa dos Hospitais Amigos dos Bebés (https://unicef.pt/media/1581/6-manual-do-aleitamento-materno.pdf), que desenvolveu juntos das instituições hospitalares estratégias para que a lactação se estabelece-se de uma forma harmoniosa e o mais natural possível (10 medidas para o sucesso do aleitamento materno).

O suporte dado nesta fase à mãe e filho após a hospitalar é fundamental, pois o grande desafio é em casa, onde a mãe com todas as suas inseguranças, algumas vezes dores e limitações

físicas e pouco descanso, vai precisar de todo o apoio que lhe possam dar (família, profissionais de saúde, linhas telefónicas de apoio).

O teste do pezinho no seu Centro de Saúde entre o 3º e o 6º dia de vida do recém-nascido é muitas das vezes a primeira saída após a alta hospitalar, onde tem um profissional de saúde, neste caso um enfermeiro que para além de fazer uma avaliação sumária ao recém-nascido, também percebe, compreende e ajuda na resolução de eventuais dificuldades no estabelecimento da amamentação.

Pergunte quando se dirigir ao seu Centro de Saúde se existe um Cantinho de Amamentação ou um enfermeiro ou médico Conselheiro em Aleitamento Materno, pois são estes profissionais que melhor estão habilitados para ajudar.

Estes 3 fatores são fundamentais, mas não podemos esquecer:

A amamentação só é boa enquanto for bom para a mãe e o seu filho, e durará enquanto ambos quiserem. (Cabem aqui todas as mães: as que só conseguiram dar 1 dia, 1 semana, 1 mês, as que não puderam dar, as que não conseguiram dar – Respeito por todas!)

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