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Carla Selas do Amaral
Escrito por:

Carla Selas do Amaral Arte Psicoterapeuta; Colaboradora do Banco do Bebé

Brincar, experimentar, explorar para aprender!

Se pensarmos e recordarmos algumas das nossas memórias favoritas da infância, percebemos que muitas delas estão associadas a um aroma, a um som ou a um sabor. Quando sentimos um cheiro ou ouvimos uma música familiar, é como se aquela sensação nos transportasse de volta ao passado. Ou seja, o cérebro é capaz de recuperar algumas imagens e sensações através do estímulo de um ou mais dos nossos sentidos.

Sabemos que as crianças precisam de brincar, de explorar e de experimentar para que sua aprendizagem e desenvolvimento físico e intelectual seja próspero e positivo. Mas para que essa brincadeira seja efetiva e positiva, é necessário que a criança receba uma resposta não só na relação com o outro mas também na interação com os objetos que maneja.

A criança usa os seus sentidos para aprender e por isso a estimulação sensorial que surge na manipulação de um objeto é muito importante. É através destes que a criança descobre o mundo à sua volta e adquire ferramentas que a ajudarão mais tarde no desenvolvimento de competências como a aprendizagem da escrita, da matemática, na coordenação motora, na atenção e memória, na criatividade e na interação social.

Qual a importância dos estímulos sensoriais no início da vida?

Fala-se agora com abundância da importância dos estímulos sensoriais, bem como dos brinquedos capazes de os promoverem. No entanto, fica por vezes por explicar como estes podem ser promotores do desenvolvimento da criança. Assim, sabemos que os nossos bebés quando nascem, evidenciam instintos naturais de sobrevivência e de aprendizagem. O seu cérebro tem uma estrutura ordenada de neurónios preparados para serem desenvolvidos através de estímulos.

É nos primeiros anos de vida que, devido à sua plasticidade neuronal (a capacidade de o sistema nervoso reorganizar e modificar as suas funções como reação à diversidade do meio envolvente) a criança está mais desperta a assimilar determinadas informações e estímulos a que é exposta.

Grande parte da ativação neural acontece devido à estimulação feita através dos sentidos, ou seja a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar. Por isso, é importante promover no bebé um ambiente estimulador e lúdico capaz de promover na criança oportunidades de desenvolvimento das suas habilidades pois as conexões que não forem exercitadas acabam por ser eliminadas.

Os estímulos sensoriais são resultado do que recebemos através dos cinco sentidos atrás descritos, o que significa que tudo o que nos rodeia pode transformar-se numa experiência sensorial. No entanto, somente as experiências significativas é que se tornam condutoras e promotoras de aprendizagem. O bebé quando nasce está pronto para conhecer o mundo que o rodeia e por isso é muito importante o papel dos cuidadores como elemento mediador destes estímulos de uma forma organizada e afetiva, transformando meros objetos e ações em algo prazeroso e rico de significado.

O estímulo sensorial ajuda no desenvolvimento cognitivo, linguístico, social e emocional da criança. Naturalmente, a visão e a audição são os sentidos mais estimulados pelos pais. No entanto, desenvolver e estimular também os outros sentidos não é uma tarefa difícil. Com um olhar diferente para materiais e objetos do dia a dia, é possível criar brincadeiras interessantes capazes de estimular o paladar, o olfato e o tato.

Como proporcionar estímulos sensoriais para o bebé?

Com a preocupação em estimular os bebés, cresceu um mercado voltado para o público infantil, com diversos produtos focados no desenvolvimento de habilidades como por exemplo os brinquedos sensoriais, de grande sucesso na intervenção com crianças de 0 a 3 anos e que promovem momentos de experimentação e vivência sensorial.

Por outro lado, também é possível proporcionar estes estímulos sensoriais com objetos simples do dia a dia. Para isso, devemos colocar o bebé em contato com diferentes materiais e texturas, proporcionando assim, momentos lúdicos que despertem o agarrar, sentir e experimentar.

De salientar também que não devemos descuidar o diálogo, enquanto em conjunto experimentam o mundo repleto de novas sensações.

Estes momentos de interação, experimentação e brincadeira com o bebé podem ser recriados de uma forma tão simples como através de jogos e brinquedos durante o banho; de massagens e brincadeiras com o corpo, proporcionando momentos não só de relaxamento como de descoberta do bebé das várias suas partes do corpo; através da narrativa de livros sonoros, com texturas, imagens, cores, bem como o uso de instrumentos musicais.

É importante realçar que, mais tarde, as brincadeiras no parque (baloiço, escorrega) ou no jardim (com elementos da natureza) serão sempre muito importantes na coordenação motora, socialização e aprendizagem do mundo exterior.

Na hora da refeição, caso não haja indicação contrária, estimular a criança a experimentar alimentos de diferentes texturas e sabores (duros, moles, doces, salgados, ácidos).

Para terminar gostaria de destacar que é a brincar que a criança aprende…e para tal não são precisos recursos caros ou muito elaborados. Através da voz dos cuidadores, da interação, dos jogos, com o uso de texturas, aromas e som pode-se promover uma aprendizagem rica não só no desenvolvimento cognitivo do bebé como também emocional. Mais do que qualquer objeto que é oferecido ao bebé, o maior sucesso é o que é promovido e cuidado pelos próprios pais através do ambiente que os rodeia, contentor, calmo e organizado de forma a dar resposta às necessidades de cada família.

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