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Carlos Daniel Santos
Escrito por:

Carlos Daniel Santos Mestre em Medicina, Licenciado em Saúde Ambiental e em Radiologia e investigador na área de Saúde da Mulher

Segunda gravidez –as diferenças em relação à primeira

A segunda gravidez pode trazer algumas dúvidas, desde os cuidados a ter antes e durante a gestação, até ao parto. Será esta gravidez igual à primeira?

Durante a primeira gravidez, o corpo da mulher sofre algumas alterações, a nível hormonal e fisiológico, culminando nas mudanças anatómicas provocadas pela passagem do bebé no canal de parto. Muitas mulheres questionam-se sobre se a primeira gravidez trará diferenças para a segunda gravidez e assim decidimos responder às principais questões colocadas.

O seguimento médico da segunda gravidez é diferente da primeira?

Todas as gravidezes são particulares e todas diferentes. O sucesso de cada gestação depende de vários fatores, tais como a existência de um planeamento prévio da gravidez e o respetivo acompanhamento médico aconselhado. De extrema importância é também o estado de saúde da mãe e do bebé durante a gravidez. Todas as gravidezes planeadas e não planeadas, possuem seguimento médico previsto no Sistema Nacional de Saúde português, sendo que, não havendo fatores de risco associados, o acompanhamento (nomeadamente o número de consultas, ecografias, análises sanguíneas, vacinas se aplicáveis) seguem o mesmo padrão de realização.

O que muda na segunda gravidez?

Após o parto da primeira gravidez, existe um período designado de puerpério, que ocorre desde o parto até 6 a 8 semanas subsequentes, durante este período ocorre uma recuperação do sistema reprodutivo e do resto do corpo da mulher, para o estado não-gravídico.

No entanto existem algumas particularidades numa segunda gravidez relacionadas com a anatomia interna e externa do corpo da mulher, que gostaríamos de citar:

Após algumas horas do parto, o colo do útero começa a reformar-se e por volta da primeira semana o orifício do colo tem cerca de 1 centímetro (diâmetro superior ao estado pré-gravídico). A sua configuração, habitualmente, passa de redonda para transversa como resultado da laceração provocada pela passagem do bebé. Apesar do diâmetro poder diminuir ainda menos de 1 centímetro, é habitual que este fique ligeiramente maior do que era antes da primeira gravidez, o que poderá facilitar a passagem de um novo bebé.

  • Diástase abdominal (distensão da barriga, à medida que esta se adapta ao novo ser)

Após a primeira gravidez, algumas mulheres poderão ficar com estrias abdominais e, noutros casos, os músculos abdominais poderão não recuperar totalmente a sua conformidade e anatomia que existia na pré-gravidez. Todas estas situações são benignas e não te devem assustar. Poderás procurar aconselhamento médico para prevenir as estrias e para o reforço e recuperação muscular pós-parto.

  • Parede tecidular e musculatura da vagina e da vulva

Estes tecidos voltam ao estado normal alguns dias após o parto, embora nalguns casos, em mulheres que amamentam, possam retomar apenas depois de algumas semanas. Para um reforço do tónus da musculatura vaginal é recomendada a prática de exercícios físicos, tais como as manobras de Kegel. Deverás procurar aconselhamento médico para saber quais os exercícios que se adaptam melhor ao teu caso e a periodicidade com que os deves fazer. Este reforço da musculatura, poderá ajudar-te na condução do bebé pelo canal vaginal num segundo parto.

Pode ser necessária uma laceração desta zona durante o parto, a chamada episiotomia. Este procedimento facilita a saída do bebé e pode também ser uma medida de proteção para os teus músculos do períneo (que incluem músculos de controlo anal e vaginal). Em grande parte dos casos, a ferida da episiotomia cicatriza muito bem, sendo que as infeções correspondem a cerca de menos de 0,1%. Em alguns casos, a episiotomia poderá levar à necessidade de realizar exercícios físicos específicos para reforço dos músculos desta zona e que poderão ser importantes para evitar algum tipo de incontinência urinária ou outros problemas relacionados com a defecação. Deverás assim, seguir o aconselhamento médico sempre que for realizado este procedimento. Não existem grandes repercussões num segundo parto pela realização de uma episiotomia anterior.

Quais os cuidados a ter na segunda gravidez?

Os cuidados a ter numa segunda gravidez são habitualmente os mesmos do que numa primeira gravidez, exceto se houver algum fator de risco associado à segunda gravidez. Aí deves sempre seguir o aconselhamento médico dirigido para o teu caso.

É sempre importante reforçar que perante uma gravidez, deves sempre considerar que a tua alimentação deve ser adaptada às tuas necessidades e do teu bebé, suplementando a tua dieta caso necessário e sempre sob aconselhamento especializado. Recomendamos que consultes o nosso artigo sobre suplementação alimentar.

Qual a melhor diferença de idade para ter o segundo filho?

Depende sempre da vontade do casal, ou seja, não existe um timing específico para se pensar em ter um segundo filho. No entanto, biologicamente, existem algumas particularidades a ter em conta, para se pensar em conceber uma segunda gravidez.

Caso estejas a pensar numa segunda gravidez, deixamos aqui algumas informações que deves ter em conta:

  • O início da atividade sexual após um parto depende sempre do conforto que o casal sente, em especial a mulher. É importante saberes que o risco de infeção e hemorragia vaginal são mínimos, mas existem durante, aproximadamente, 2 semanas após o parto. Se estiveres a amamentar, a lubrificação vaginal poderá estar diminuída o que pode causar desconforto durante o ato sexual. É recomendado que nas primeiras semanas pós-parto, a posição sexual seja feita com a mulher no topo, de forma a poder controlar a profundidade da penetração;
  • A função ovárica em mulheres que não amamentam estará restabelecida cerca de 45 dias após o parto e nas mulheres a amamentar, cerca de 189 dias.
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