Flavia Serras Serras Mãe e Blogger @ O Estendal Dela
O que ninguém te conta sobre a cesariana…
Não há nenhuma grávida que durante os 9 meses de gestação não pense pelo menos uma vez no inevitável parto. Há quem sonhe com parto normal e há quem tenha pavor ao mesmo.
A cesariana aparenta ser uma forma mais fácil e menos dolorosa de ter o bebé. É um processo rápido, não sentimos nada, levamos um pequeno corte no fundo da barriga (que as cuequinhas escondem) e, à semelhança do parto normal, temos algumas dores no pós-parto.
É no entanto conhecido que o pós-parto da cesariana é um pouco mais difícil do que a de um parto normal.
Eu queria ter tido um parto normal, mas o Vicente não deu a volta e portanto experienciei a bela de uma cesariana. Tudo o que sabia sobre esse processo foi o que descrevi. Mas há muito mais para contar sobre este procedimento.
E para que mais nenhuma mulher seja apanhada desprevenida, aqui fica uma cesariana passo a passo.
Cesariana – passo a passo
1. Já no bloco operatório, somos anestesiadas.
2. De seguida deitamo-nos de barriga para cima, com os braços abertos, tipo Cristo Rei, e somos algaliadas. Não se preocupem porque por esta altura a anestesia já está a fazer efeito!
3. No entanto, estar anestesiadas (da cintura para baixo) não significa que não vamos sentir nada. Na verdade, sentimos tudo mas sem qualquer dor. Sentimos o corte, sentimos mexerem nos nossos órgãos à “procura” do útero e, o pior, na minha opinião, sentimos quando empurram o nosso bebé para fora de nós.
4. Durante todo o procedimento, podemos sentir enjoos e até tonturas devido à medicação. É por isso que o anestesista está presente durante toda a cirurgia.
5. Nasce o bebé e o que mais queremos é pegar nele. No entanto, isso só vai acontecer bem mais tarde. Como estamos deitadas e em posição de Cristo Rei, no máximo, conseguimos roçar a nossa cabeça no nosso bebé.
6. Ainda no bloco, sentimos imenso frio, por mais que nos tapem.
7. Vamos para o recobro e, como continuamos anestesiadas, temos de amamentar o nosso bebé deitadas e, para tal, precisamos de ajuda para nos colocarem na posição certa.
8. Quando finalmente começamos a sentir as pernas, levantar poderá despoletar vómitos, para não falar que as dores são tantas que precisamos de ajuda.
9. Passamos a ter uma nova posição para andar: meio curvadas e com a mão em cima da costura.
10. As dores persistem durante pelo menos duas semanas.
11. Durante um mês não podemos fazer esforços, conduzir e passar a ferro (haja alguma coisa boa!).
12. A recuperação é muito mais lenta numa cesariana do que num parto normal.
13. É aconselhado esperar 2 anos para ter o próximo filho, porque o nosso útero pode rebentar durante um trabalho de parto, colocando em risco a vida da mãe e do bebé.
Eu ia preparada para um pós-parto difícil. Não ia preparada para estes procedimentos tão ocos de magia. Sim, chamem-me doida mas, para mim, o parto normal tem toda uma magia associada que não consigo explicar. Continuo a sonhar com um parto normal mas, se no próximo bebé o destino for o mesmo, o desapontamento já não será tão grande. No final de contas, o importante é que o bebé nasça bem e sem sofrimento.
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