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Íris Seixas
Escrito por:

Iris Seixas Psicopedagoga, Colaboradora do Banco do bebé

Relação Mãe e Bebé | Pais seguros, bebés felizes

Muitas vezes ouvimos os pais dizer, no senso comum, ”ai, a minha filha é tão difícil”, “ele é tão teimoso!”, ou ainda, “o meu filho é muito sossegado e bem comportado”…

Tal mãe, tal filha

Mas afinal o que faz os bebés serem tão diferentes logo de pequeninos? Porque será que ainda nos primeiros meses de vida de um bebé conseguimos reconhecer o seu temperamento fácil ou difícil? Quando existem vários filhos é possível identificar as diferentes características de cada um deles e os pais não resistem a identificar se têm “o feitio” do pai ou da mãe.

Na verdade, podemos dizer que o temperamento de cada bebé/criança é resultado, por um lado, de algo que é inato e nasce já com a criança, por outro, depende também do contexto onde está inserido e das experiências proporcionadas neste contexto. É a mistura destes vários “ingredientes” que permite uma variabilidade tão grande de características individuais.

Este tema, por si só, tem muitas abordagens e pode dar muito que falar, mas hoje vamos focar-nos nos momentos em que tudo começa, quando o bebé e sua principal figura de referência iniciam a sua relação diádica e constroem uma forma muito própria de lidar um com o outro.

Relação mãe-bebé

Como fortalecer vínculo mãe – bebé

Múltiplos estudos têm-se preocupado em observar a relação que se estabelece entre a mãe e o bebé e a verdade é que a mesma tem uma forte influência no desenvolvimento do bebé. Um aspecto relevante é o facto destes estudos numa fase inicial terem identificado três padrões de vinculação, ou seja, três formas do bebé se relacionar com a mãe:

Padrão inseguro-evitante da personalidade do bebé

Com as crianças cujo padrão é inseguro-evitante, apresentam um conjunto de comportamentos de evitamento para com a figura de referência, ou alguma demora na procura da mãe e do seu conforto. Então, explicando de forma simples, se estamos perante uma mãe muito intrusiva, de certa forma brusca, agressiva ou impositiva no seu contacto ou em manter a atenção do filho, o bebé vai adoptar uma postura mais evitante, procurando não entrar em conflito directo com a mãe, e é capaz de se entreter e brincar com outra coisa para passar mais despercebido. É uma criança que pode parecer mais desligada da mãe, não sendo demasiado afectuosa, mas também não sendo conflituosa. 

Padrão inseguro resistente/ambivalente da personalidade do bebé

Por outro lado, se encontrarmos mães “demasiado positivas”, poderemos perceber que os seus filhos ficam de certa forma ansiosos e stressados com esse excesso de estimulação por parte da mãe, sentido-se desorganizados e por esse motivo a sua estratégia é iniciar alguma resistência face aos avanços e excesso de estimulação por parte da mãe. As crianças incluídas no padrão inseguro resistente/ambivalente diferem da anterior por oscilarem entre a procura de proximidade da mãe, mas ao mesmo tempo resistirem e afastarem-na. Esta dualidade de comportamentos causa alguma confusão a quem vivencia a situação, pois não se percebe se o bebé quer ser acalmado ou deixado em paz.

Padrão seguro da personalidade do bebé

No extremo oposto às anteriores encontramos o equilíbrio. São as mães sensíveis e adequadas face às necessidades do bebé, compreendem as emoções do filho e por isso mantêm uma relação equilibrada, dão atenção sem se sobrepor e exagerar na estimulação, são adequadas, conseguem reconfortar quando o bebé está desorganizado, não são intrusivas ou agressivas no contacto com o bebé, nem demasiado ansiosas na relação que estabelecem. Têm aquilo que na investigação se costuma chamar por “sensibilidade materna” às necessidades do bebé e mantêm um envolvimento positivo nos momentos de interação. Estes bebés são, felizmente a maioria, e apresentam um padrão de vinculação seguro. 

O padrão seguro engloba uma grande maioria de crianças e este grupo caracteriza-se por procurar activamente o contacto com a mãe, por acalmarem na sua presença que é vista como base de segurança. Numa situação de crise ou afastamento e posterior reencontro estas crianças reagem bem ao regresso da mãe sem desconforto ou evitamento. 

Relação mãe-bebé

Como educar o bebé então?

Importa saber que estas estratégias vão ao encontro dos padrões de relacionamento que a mãe estabelece com o seu bebé ao longo dos primeiros meses de vida, ou seja, critérios como por exemplo, a Intrusividade Materna ou o Envolvimento Materno, vão influenciar a forma como o bebé aprende a reagir à mãe.

Importa realçar que a maioria da investigação feita nesta área incide na relação mãe-bebé por ser muitas vezes a mãe que goza a licença de maternidade ficando em casa mais tempo com o bebé. No entanto considero que este processo precoce de conhecimento entre os prestadores de cuidados e os bebés é feito tanto com um pai, como por uma mãe (ou ainda outra figura, dependendo do agregado familiar).

Assim, partindo da ideia de que existe uma figura principal vinculação, seja ela qual for, não quero com este artigo alarmar as mamãs (ou os cuidadores) a acharem que estão a fazer tudo errado! Pelo contrário, este artigo procura dar a conhecer as potencialidades e a importância que esta relação precoce entre pais e filhos tem e para a qual vale a pena ter uma dedicação atenta e especial. Tendo em conta que no período de licença existe uma dedicação quase exclusiva nos cuidados ao bebé, o investimento nesta relação deve ser imediato. 

O pediatra que segue o bebé é, muitas vezes, um bom aliado para ajudar os pais nas dúvidas sobre esta tarefa da parentalidade, mas se as questões persistirem há diversos especialistas que podem prestar ajudas mais concretas.

Acima de tudo, se os pais estiverem seguros e felizes, os bebés também assimilarão essa forma de estar ao longo do seu desenvolvimento!

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