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Carlos Daniel Santos
Escrito por:

Carlos Daniel Santos Mestre em Medicina, Licenciado em Saúde Ambiental e em Radiologia e investigador na área de Saúde da Mulher

Tudo o que uma grávida deve saber sobre o COVID-19

Em tempos de COVID-19, é importante reforçar a segurança e os cuidados de saúde que as grávidas devem ter consigo e com os seus bebés. Sendo um dos grupos mais vulneráveis a esta pandemia, deixamos aqui as respostas a muitas das perguntas que as futuras mães querem desmistificar.

O COVID-19 foi declarado pela Organização Mundial de Saúde como pandemia internacional, no dia 11 de março de 2020. A partir daí, várias medidas têm sido adotadas para conter a expansão do vírus, com especial atenção para a proteção dos grupos mais vulneráveis, como as grávidas.

Tenho maior risco de ficar infetada com COVID-19 por estar grávida?

O risco de infeção em grávidas é semelhante ao da população geral. Ainda assim, existem alterações imunológicas e fisiológicas que podem tornar as grávidas mais suscetíveis a infeções respiratórias virais, incluindo o COVID-19.  É de extrema importância que as grávidas cumpram as medidas de redução de possibilidade contágio, como o isolamento social e a etiqueta respiratória.

Posso continuar a trabalhar caso não tenha sintomas?

Podes! No entanto, dependendo da tua atividade profissional, o empregador pode limitar a tua exposição a situações de risco (de contaminação por COVID-19), especialmente no sector da saúde. Durante o trabalho, é importante manteres a higiene das mãos e a etiqueta respiratória. Caso tenhas sintomas, deves informar de imediato o empregador e iniciar o autoisolamento.

Quais os cuidados a ter para prevenir a infeção?

As grávidas devem evitar viagens desnecessárias, bem como multidões, e respeitar a distância recomendada durante a conversação (1 metro). Também devem evitar andar de transportes públicos e, acima de tudo, manter os cuidados de higiene pessoal e social, tais como: lavar as mãos frequentemente e não ter contacto com pessoas doentes, ou casos suspeitos que estejam sob vigilância.

O que faço se tiver sintomas de COVID-19?

Caso apresentes sintomas ligeiros, ou tenhas viajado para áreas endémicas de COVID-19 recentemente, deves manter a vigilância habitual da tua gravidez, tomando todas as precauções do autoisolamento em casa. Os principais sintomas são febre, cansaço, dores musculares, tosse seca e dificuldade em respirar. Algumas grávidas podem também ter congestão e/ou corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia.

Deves contactar a Linha SNS 24 (808 24 24 24) sempre que apresentes os sintomas que referimos. Em alternativa, podes ligar para uma instituição de saúde que te tenha sido indicada durante o seguimento da gravidez.

Nas situações de sintomas graves ou outras queixas obstétricas graves (perda de sangue pela vagina, dor abdominal, contrações fortes, ausência de movimentos fetais) deves dirigir-te imediatamente a uma urgência hospitalar. É recomendado que uses o teu próprio carro se te for possível, caso contrário deves contactar a Linha SNS 24 ou o 112 para requerer transporte médico.

Preciso remarcar as minhas ecografias ou outros exames de rastreio pré-natal?

Se estiveres de quarentena por suspeita ou por infeção com COVID-19, todos os exames de rotina devem ser adiados. Tudo isto se possível e sem comprometer a segurança clínica, até terminar o período recomendado para autoisolamento. Os exames que não possam ser adiados, tais como o rastreio combinado do 1.º trimestre e a ecografia morfológica, devem ser agendados para o final do dia.

Os restantes exames ecográficos devem manter a periodicidade recomendada.

Se estiveres assintomática ou com sintomas ligeiros de COVID-19, podes e deves vacinar-te contra o tétano, difteria e tosse convulsa (Tdpa6, doses reduzidas). A administração da vacina tem de ser feita entre as 20 e as 36 semanas de gestação, idealmente até às 32 semanas e sempre depois de fazeres a ecografia morfológica.

Caso tenhas estado infetada com COVID-19 e estejas curada, deves ter uma consulta que coincida com o 14º dia após o início dos sintomas e fazer uma ecografia 2 a 4 semanas após o estabelecimento da cura. Se possível, deves fazer a vacinação após o período de infeção por COVID-19.

O meu bebé pode ficar infetado se eu tiver COVID-19?

É pouco provável a transmissão do vírus por via vertical (de mãe para filho), uma vez que o vírus não foi identificado no líquido amniótico, placenta, leite materno, ou secreções nasais dos recém-nascidos. Ainda assim, a infeção pode ocorrer por contacto próximo entre a mãe e o bebé após o nascimento.

Posso pegar no meu bebé após o nascimento?

Podes pegar no teu bebé e recebê-lo no mundo com todo o carinho. No entanto, a DGS recomenda que o contacto pele a pele logo após o parto não seja feito. É recomendado que mantenhas todos os cuidados de higiene das mãos, sempre que tenhas contacto com o teu bebé.

Caso haja a confirmação de COVID-19 na mãe, é recomendada a separação temporária entre a mãe e o recém-nascido durante pelo menos 2 semanas, para minimizar o risco de transmissão. Nestes casos, o bebé será colocado numa sala própria e monitorizado para despiste de qualquer sinal de infeção. Nesta fase, não é recomendada a amamentação direta, mas podes retirar o leite através da bomba e pedir a um profissional de saúde para dar de mamar ao teu bebé.

O pai pode assistir ao parto?

Depende. Em algumas unidades de saúde públicas e privadas, já existe a limitação do acompanhamento da grávida durante o parto, pelo pai ou outra pessoa designada. Noutras unidades de saúde, o pai pode acompanhar o parto e todo o período de recuperação, desde que cumpra as condições sugeridas pelo hospital. Recomendamos que te informes junto da unidade de saúde onde prevês ter o parto, pois existe a liberdade em impor esta limitação do acompanhamento da grávida.

Posso amamentar se tiver COVID-19?

Podes! A principal preocupação não é o vírus ser transmitido através do leite materno, mas a transmissão através de gotículas respiratórias durante a amamentação.

Uma mãe com COVID-19 confirmado, ou com sintomas muito sugestivos, deve tomar todas as precauções possíveis para evitar passar o vírus para o bebé. Ou seja, lavar as mãos antes de tocar no bebé e usar uma máscara facial sempre que estiveres com ele, até ao final do período de quarentena definido. Se preferires usar uma bomba manual ou elétrica para extrair o leite, aconselhamos que laves bem as mãos antes de tocar em qualquer parte da bomba. Faz também a limpeza adequada da bomba, após cada uso. Se te sentires mais confortável, podes pedir a alguém que esteja bem para dar o leite ao bebé por ti.

Recomendamos que te mantenhas informada frequentemente, recorrendo a fontes fidedignas. Existe um microsite da DGS, com imensa informação, onde podes consultar as orientações mais recentes: https://covid19.min-saude.pt/

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