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Susana Wilton
Escrito por:

Susana Wilton Osteopata Pediátrica

Plagiocefalia posicional: consequências e tratamento

A plagiocefalia posicional é quando a cabeça do bebé está mais aplanada. Isto pode acontecer por o bebé estar muito tempo numa superfície plana de descanso, sempre na mesma posição (sim, o útero também conta como superfície de descanso!).

A plagiocefalia nem sempre é igual e é por isso que é preciso perceber o processo de ossificação para se conseguir fazer um diagnóstico correto. Existem vários graus de gravidade, como podes ver na imagem abaixo:

O que são as fontanelas e as suturas cranianas?

Antes de percebermos ao certo porque ocorre plagiocefalia e como a podemos tratar, é preciso percebermos alguns termos.

As fontanelas, também conhecidas como “moleirinhas” são as zonas da cabeça dos recém-nascidos que ainda não são envolvidas pelos ossos do crânio. À medida que o bebé vai crescendo, estes ossos vão desenvolvendo e vão cobrindo as zonas da cabeça que não estão protegidas. É por isso que muitas vezes ouvimos dizer que os bebés têm a cabeça mole.

Já as suturas cranianas são constituídas por várias camadas de tecido denso que estabelecem ligações entre os diferentes ossos do crânio.

Tanto as fontanelas como as suturas cranianas são muito importantes, pois são elas que ditam o crescimento do cérebro. Ao nascermos com fontanelas e suturas cranianas flexíveis, temos a possibilidade de continuar a desenvolver o tamanho do cérebro nos nossos primeiros anos de vida. É também por serem flexíveis, que a cabeça dos bebés, durante o parto, pode sofrer alterações de formato.

Quando é que as fontanelas ossificam?

Quando as fontanelas ossificam por completo (geralmente acontece por volta dos 3 anos de idade), a nossa caixa craniana deixa de poder expandir-se. Este é um processo longo que começa logo a partir dos 2-3 meses de idade. Caso este processo se conclua mais cedo do que o previsto, o bebé pode vir a ter anomalias na forma da cabeça ou mesmo atrasos no desenvolvimento. É por isso que é tão importante irmos fazendo consultas de avaliação para despistar possíveis problemas.

Tipos de plagiocefalia posicional

Existem 2 tipos de plagiocefalia posicional: a congénita e a adquirida.

Durante os meses em que o seu bebé vai crescendo no útero, ele vai-se movendo de forma a encontrar a posição em que se sente mais confortável. O que pode acontecer é que o bebé encontra um bom sítio em que se acomoda e acaba por não sair dessa posição até ao nascimento.

Isto pode acontecer por diversas razões como: ser um bebé calmo, tranquilo e pouco ativo, ocupar muito espaço dentro do útero, pouco líquido amniótico, quando a mãe precisa ficar em repouso absoluto durante a gravidez, quando o bebé se coloca de cabeça para baixo muito cedo ou quando o útero é pouco elástico.

Como o bebé passa muito tempo na mesma posição, acaba por nascer já com plagiocefalia e com essa memória postural. Neste caso, a plagiocefalia é congénita.

Também é possível que a plagiocefalia se desenvolva após o nascimento. A Associação Americana de Pediatria orienta-nos para colocar os nossos bebés a dormir de barriga para cima. Esta posição é a mais segura no que respeita à prevenção do síndrome da morte súbita, mas ao dormir apenas de barriga para cima, o bebé irá passar muito tempo com a cabeça no mesmo sítio, o que pode contribuir para um aplanamento dos ossos. Neste caso, a plagiocefalia é adquirida.

Com isto não estamos a dizer que não deves pôr o bebé a dormir de barriga para cima, apenas que deves estar atenta e ir fazendo consultas de avaliação para garantir que o teu bebé se está a desenvolver da melhor forma possível. 

Quais são os sinais da plagiocefalia

Existem vários sinais a que podes estar atenta de forma a perceber se o teu bebé tem plagiocefalia, como por exemplo:

  • O bebé dorme sempre com a cabeça rodada para o mesmo lado;
  • Existe uma preferência por mamar de um lado;
  • O bebé parece ter uma das bochechas mais cheias;
  • O bebé parece ter um lado da testa mais saído;
  • O bebé parece ter um olho mais fechado;
  • Ao usar chupeta, ela desvia-se para um lado;
  • A inclinação ou rotação da cabeça é sempre feita para o mesmo lado.

Como tratar a plagiocefalia

Agora que já sabes quais os sinais a que deves ficar atenta, deixamos-te também algumas das ações que podes tomar para ajudar a corrigir a plagiocefalia. Atenção que esta lista não implica que o teu bebé não seja avaliado por um médico ou osteopata.

  • Estimular o bebé a mamar de igual forma para ambos os lados;
  • Uso do sling ou marsúpio durante o dia para o bebé não ter a cabeça apoiada numa superfície;
  • Posicionar o bebé para que o lado mais proeminente fique apoiado sobre o colchão;
  • Mudar frequentemente a posição do berço, orientando o bebé para o lado que ele menos favorece;
  • Fazer exercícios de mobilização cervical (ensinados em consulta de osteopatia);
  • Promover o Tummy Time;
  • Reforçar os estímulos visuais e sonoros do lado que o bebé não favorece;

No que toca a usar almofadas adaptadas para o tratamento da plagiocefalia, deves ter muito cuidado com a almofada que escolhes e avaliá-la sempre em conjunto com o profissional de saúde que acompanha o bebé. Uma almofada mal escolhida pode acabar por prejudicar mais do que ajudar.

O tratamento da plagiocefalia deve ser acompanhado por um osteopata e começar o mais cedo possível, uma vez que conseguimos aproveitar a plasticidade que o crânio dos recém-nascidos ainda possui, mas também para evitar a adoção de posturas corporais que os limitem. Este tratamento, geralmente, será feito todas as semanas, ajustando a periodicidade às necessidades e gravidade da situação do bebé.

Quanto mais cedo se leva um bebé a estas consultas, mais rápida é a recuperação e correção.

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